Um dia eu comecei a falar com um menino. Ele era sweet. Ele me entendia. Ele era inteligente. Tínhamos gostos parecidos. Aos poucos fomos ficando íntimos. Eram horas de trocas de confidências. Aos poucos eu fui me apaixonando. Ele era sempre tão delicado. Se preocupava comigo. Ele estava num momento triste e dificil da vida dele. Eu ficava 24 horas pensando em como eu poderia ajuda-lo, alguma forma de diminuir a dor, alguma forma de dividir a dor pra ele não ter que sentir tanto. Eu descobri que eu gostava dele pra valer. Aí eu comecei a divagar. Ficava imaginando tantas coisas lindas. Imaginava nosso futuro. E ele me dizia que imaginava também. Fui acreditando. Achei que a gente tava sintonizado. Eu até parei um pouquinho a minha vida pra poder estar mais tempo do lado dele. Eu sabia como era pesado. E eu amava poder compartilhar, mesmo que um pouquinho. Eu passei a amar tudo que vinha dele. Era paixão, 24 horas compulsivamente. Eu quase queria o bem dele, acima do meu. Não foi um tempo curto, assim. Mas aos poucos as minhas energias foram indo. E eu precisava de alguma coisa boa dele, pra respirar fundo e continuar amando-o. Eu pedi pra ele um abraço. Eu achei que não era muito. Isso exigia um deslocamento dele, ele não tava exatamente do meu lado. Mas depois de um tempo que eu tinha dado um pedaço de mim pra ele, achei que eu merecia. Ele disse que podia, que ele também tinha sentimentos iguais aos meus. Eu achei que ele era meu príncipe encantado. Ele sabia que eu não tava 100%. Eu realmente precisava dele, minimamente, nesse único momento. E ele me fez acreditar que ele poderia fazer isso por mim. Ele me fez confiar nele. Chegou o dia do abraço. E minutos antes da concretização, houve uma ligação. Ele me disse que ía ser impossível, pq ele estava indo embora. Simplesmente isso. Pediu desculpas educadamente e foi. Pegou meu coração já sem forças, e simplesmente soltou numa superfície dura e gelada.